top of page

 

...-1900
Os córregos, Leitão, Acaba Mundo e Serra, antes integrados a paisagem do antigo arraial, foram ignorados conceitualmente no momento do projeto urbano da Nova Capital. Alguns respiros foram a princípio preservados e integrados, como a cachoeira natural do Parque Municipal.

 

 

 

 

1900-1910
Os primeiros anos da capital são marcados por poucas modificações nos cursos d’água, a maioria continuam a correr em leito natural.
 

 

 

 

1910-1920
Entre as décadas de 1910 e 1920 são realizadas as primeiras obras de cunho sanitário, são construídos emissários paralelos aos cursos dos córregos para receber o esgoto que até então era jogado in natura nos córregos. Tais emissários vinham despejar o esgoto ao término dos trechos canalizados. Eram somente um afastamento do problema para revela-lo a jusante ainda dentro da Zona Suburbana

 

 

 


1920-1930
A década de 1920 é marcada pelas primeiras grandes transformações, dá-se o início das canalizações, retificações e mudanças dos cursos d’aguas, para adequação a malha viária. Nota-se porem que mesmo desviados de seus cursos naturais, os córregos, permanecem como elementos definidores da paisagem e ainda socializam com a vida urbana.

 

 

 

 

1930-1940
O apagamento dos rios segue paulatinamente em direção a sua desnaturalização. Cada vez mais e mais trechos são canalizados, retificados e tem o seu curso alterado.
 

 

 

 

1940-1980
A década de 1940 é o início de uma época de crescimento vertiginoso da cidade, apresentando a maior taxa de crescimento urbano do país entre 1950 e 1970.
Apesar das intervenções de canalizações terem o caráter higienista, revelando a preocupação do Governo com a questões sanitárias, os cursos d’água que já se encontravam poluídos, passam a sofrer ainda mais, com o crescimento. E a cidade continua padecendo com as violentas inundações.


Devido ao colapso da coleta de lixo, os córregos, tornam-se locais de despejos de lixos domésticos.

A partir daí, o ciclo de intervenções nos cursos d’águas e suas gradativas mortes foram iminentes.
A década de 1960 se firma como a conclusão do apagamento dos córregos como elementos urbanos. O córrego Acaba Mundo é coberto no seu trecho da Rua Professor Morais, o tornando invisível e impossibilitando o seu último respiro.

 

 

 

 

1980-...
A década de 1980, se caracteriza por alargamentos das seções dos rios em uma tentativa de conter as grandes enchentes na cidade, deflagradas desde a sua construção e que se agravaram a partir da década de 1920.
 A década 1990 é lembrada por violentas inundações, que apesar das obras realizadas de aumento da calha dos córregos, são constantes. A água corre rapidamente nos cursos impermeabilizados e retificados provocando assim enchentes que afloram nas ruas através dos bueiros e ao longo de diversos trechos do curso do Rio Arrudas.

 

 

 

 

Atualmente

Recentemente, contra todas as discussões que vem sendo realizadas de como se tratar rios urbanos no contexto atual, Belo Horizonte, mais uma vez, apaga sua história e perpetua seu conservadorismo dando continuação ao tapamento do Ribeirão Arrudas.
O saldo da linha do tempo é não só a invisibilidade dos córregos como também a extinção de outros vários por aterramento de nascentes em detrimento de arruamentos em prol do transporte particular.

Linha do tempo

A escolha de fazer a linha do tempo é uma tentativa de sistematizar os dados históricos associados a imagens ilustrativas de cada momento. Além disso, alguns parágrafos resumindo cada período auxiliam na compreensão do panorama geral.

O recorte histórico se dá apenas para os córregos inseridos dentro do perímetro da Zona Urbana, ou seja, da Avenida do Contorno.

bottom of page